Você se lembra do seu ensino fundamental? Quando a ‘tia’
ensinava a musiquinha do alfabeto, na versão Xuxa, ou colocava todos para
dormir na ‘hora da soneca’?
Pois é, faz tempo (ou não, rs) que você não sabe o que é uma
hora da soneca, contar 5+3 nos dedos, ou brincar de pique no pátio do colégio,
vai ver até de corre cotia. Na minha escola, quando eu era do pré-primário
tinha o ‘Dia da Cotia’, ‘Dia do Livro’, ‘Dia do Brinquedo’ e dia do ‘Eu sou
você’. O mais legal era o dia do ‘eu sou você’, nós escolhíamos um coleguinha e
o imitávamos durante 30 minutos, fazíamos o que ele fazia, e depois no fim tínhamos
que escrever um bilhete para o amigo, e dizer que foi muito bom ser ele. Isso
era só uma brincadeira, mas era interessante e tinha um fundamento bom. Você se passando pelo
outro poderia identificar os defeitos, qualidades e se aproximar mais. Na minha
visão de criança só era legal porque eu gostava de imitar os outros mesmo. Mas
pensando sobre isso, o fundamento da brincadeira é bem interessante e lúdico.
Estudei alguns anos em colégio de freias, o rigor era intenso. Tinha tempo para tudo, desde brincadeiras as nossas obrigações. Rezávamos todos os dias, cantávamos o hino-nacional, o hino da bandeira e o hino da minha cidade. Além de ser o mais velho dos netos, e o irmão mais velho também. Minha irmã tem 12 anos, e eu pude acompanhar se não tudo, quase tudo que ela viveu nessas fases. Porém em cada momento com um olhar crítico diferente. Hoje ao fazer uma pequena reflexão sobre o assunto me vi de frente com uma nostalgia, e imaginando como era então na época dos meus pais, dos meus avós.
Estudei alguns anos em colégio de freias, o rigor era intenso. Tinha tempo para tudo, desde brincadeiras as nossas obrigações. Rezávamos todos os dias, cantávamos o hino-nacional, o hino da bandeira e o hino da minha cidade. Além de ser o mais velho dos netos, e o irmão mais velho também. Minha irmã tem 12 anos, e eu pude acompanhar se não tudo, quase tudo que ela viveu nessas fases. Porém em cada momento com um olhar crítico diferente. Hoje ao fazer uma pequena reflexão sobre o assunto me vi de frente com uma nostalgia, e imaginando como era então na época dos meus pais, dos meus avós.
E quão bom foi viver tudo isso, e ainda
mais, se lembrar de tudo isso. Daí também me deparei com alguns questionamentos
(domingo + férias + sol + nada para fazer = questionamentos), é só impressão
minha ou a educação que deveria progredir, regrediu? Não falo na questão de
investimento do governo, de infraestrutura e tudo mais. Estou colocando uma
opinião pessoal, através de uma analise pessoal, de contextos que conheço,
pessoas, lugares, enfim. No facebook mesmo, o que vemos? Meninas de 13 anos
falando que estão perdidamente apaixonadas, que fariam uma loucura por amor. Ou
então rapazes tirando fotos com armas, com o ‘bagulho’, em um tom depreciativo,
apenas denegrindo a própria imagem. Quer dizer, para nós, para eles isso é
motivo de orgulho. Talvez não para eles, mas para o circulo que vivem, complicado,
essa parte me confunde, a criança não é 100% responsável por certas atitudes,
mas nossa personalidade já se forma desde cedo. Só notar quando um ser de 6
anos de idade sabe melhor que você dar uma opinião, ou defender o coleguinha.
É tudo tão paradoxal.
Mas não foi bem disso que eu vim falar, essa parte é tema
para um novo post, visto que o assunto é polêmico e extenso! Quero falar sobre
cultura,educação e fotografia! Vem comigo!
Vocês viram onde o Brasil ficou no ranking mundial da
educação, né? Penúltimo lugar! Que bonito. O país do futebol, não é o país da
educação. Uma pena. E aí, navegando pela internet, achei um trabalho feito pelo
fotógrafo Julian Germain, ele percorreu de 2004-2012 diversos países, e neles
fotografou escolas e aulas. Foram 87 fotografias, retratando salas de aula nos
últimos oito anos em 19 países. Confira o trabalho dele aqui: http://fottus.com/pessoas/classes-escolares-mundo-afora/
Nessas imagens nota-se uma disparidade sem fim, perceptível,
por exemplo, entre a classe equipada com um computador por aluno em Tóquio, no
Japão, e o casebre sem luz elétrica em Gambela, na Etiópia.
Em uma entrevista Julian disse o seguinte "As fotos
fazem você pensar sobre infância, adolescência, o crescimento. Existem muitas
similaridades, se você pensa na ideia de que pode ir a qualquer país do mundo
e, se vir uma escola, vai reconhecer essa construção como uma escola, mesmo que
as crianças não estejam lá".
As imagens foram dispostas em ordem cronológica, mas, mesmo
assim, há muitos contrastes. Em uma página, um grupo de alunos ingleses, com
uniforme que inclui gravatas, aparece entre os computadores na aula de
tecnologia da informação. Na página seguinte, também com camisa e gravata, mais
de 50 crianças nigerianas se apertam em uma sala de aula com móveis de madeira
provenientes de doações.
Todo esse trabalho me fez pensar sobre a educação, cultura e
diversidade nos países. Olhe atentamente cada foto, note cada detalhe e se
remeta a cultura e história daquele país. Veja os alunos do Qatar como se
vestem, a tecnologia que envolve os alunos em Tokyo e a precariedade de uma
escola na Nigéria. (Me irrita e envergonha ver na foto do Brasil a parede pichada
e com um “Chupa cabra” escrito lá, que mania. Rs). Só mais uma consideração,
viram a classe na Inglaterra como estão engravatados e a sala é muito bem estruturada?
E porque essas caras tristes, nervosas e indignadas? Bom, eu não sei a
resposta, porém imagino e tenho a minha opinião. Vale da imaginação de cada um
agora. Rs.
Bem interessante o trabalho, não é mesmo? Quis compartilhar
com vocês para que também tenham a experiência que tive ao olhar as imagens, as
reflexões que fiz e o que aprendi com elas. Resolvi ao longo da escrita do
texto não deixar minha opinião clara sobre o assunto, porque gostaria que cada
um de vocês fizesse isso. Não precisa expor o que pensou, apenas reflita. E
divirta-se!
Até mais!
Muito bom este post!!!Parabéns, Carlos!!!
ResponderExcluirObrigado!! Pretendo fazer mais posts de fotografia, adoro essa parte! :D
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